Atualmente, a maioria dos casais que pensam em se divorciar cogitam um acordo como o melhor caminho para a dissolução do casamento.
Eles estão certos. Fazer um acordo é uma oportunidade de ser protagonista da solução e de personalizar as cláusulas do divórcio. Quando deixamos para o Juiz decidir, ele vai usar um padrão que já foi estabelecido pelo Judiciário, que nem sempre se encaixa à sua família.
É claro que o divórcio litigioso tem sua legitimidade. Mas sempre que possível, devemos evitar.
Como me preparar para um acordo?
Mapeie os interesses: o que é mais importante para você nesse divórcio? É uma pensão, é o patrimônio? Quais questões são inafastáveis? Quais são as prioridades?
Mapeie o patrimônio: se vai ter partilha, é importante que você saiba tudo que existe de patrimônio, com documentos e estimativa de valores
Mapeie o custo de vida: se vai haver discussão de pensão, é importante saber qual é o padrão e o custo de vida de cada integrante daquela família
Não dispense ajuda: para passar da melhor forma de um divórcio, é preciso uma rede de apoio. Partilhe com sua família e com seus amigos o que está acontecendo e peça apoio. Além disso, se estiver ao seu alcance, busque profissionais habilitados para esse processo de transição: psicólogos e assessores financeiros são muito bem-vindos.
Um advogado ou dois advogados?
É muito comum que as pessoas achem que a escolha de dois advogados – um para o marido e outro para a esposa – é sinônimo de briga. É justamente o contrário.
O reconhecimento de que cada um precisa de um representante que esteja ao seu lado para tirar todas as suas dúvidas e para defender seus interesses dentro das possibilidades do acordo é uma chave do sucesso da negociação.
Acredite: dois advogados negociam muito bem, desde que estejam orientados a, de fato, investirem no acordo.
Como escolher quem vai me representar
Cada vez mais os advogados de família têm buscado se dedicar aos métodos adequados de solução de conflitos. Contudo, infelizmente, alguns ainda acreditam que o método adversarial é uma forma de fragilizar a outra parte.
Procure advogados que efetivamente têm uma trajetória de realizar acordos, sempre com o objetivo de manter um bom relacionamento mesmo para além do divórcio, especialmente quando há crianças envolvidas.
